Edifícios Inteligentes.
No centro de um novo sistema de energia conectado inteligente
A nova sociedade digital e conectada
A digitalização e a conectividade permitem-nos criar soluções económicas, flexíveis e orientadas para o futuro. Gestão inteligente de energia, carregadores inteligentes para veículos elétricos e sistemas de monitorização remoto de equipamentos, são algumas das soluções digitais que estão a moldar a sociedade inteligente de um futuro já presente.
Nesta nova “Smart Society” os dados são o petróleo do século 21 e a expansão do 5G estabelecem um novo paradigma onde os edifícios são o centro de um novo sistema energético. Estabelece-se uma simbiose decisiva entre os edifícios e a nova mobilidade elétrica num novo sistema energético mais eletrificado, onde os cabos elétricos e de telecomunicações coexistem em perfeita harmonia. Complementando-se e integrados numa infraestrutura de redes inteligentes que sustentam as novas comunidades energéticas, onde o Edifício Inteligente será um componente destacado da Smart City.
Cablagem estruturada, cabos PoE (Power Over Ethernet) e fibra ótica são o novo sistema central da Smart Society. Em 2020, foram alcançados os 200 milhões de km’s de fibra ótica instalados no mundo, em 2021 já ultrapassaram 500 milhões e até 2023 haverá um crescimento anual de 600 milhões de km’s.
Edifícios inteligentes para um futuro melhor
Novas tecnologias emergentes, como a Internet das Coisas (IoT), Big Data (tratamento e uso de grandes quantidades de dados) e os sistemas inteligentes de gestão da construção (iBMS) estão a mudar radicalmente a forma como os edifícios modernos são projetados, construídos e geridos. A tecnologia é uma grande aliada para otimizar os recursos de uma edificação e melhorar a sua segurança. De acordo com a Markets and Markets, o mercado global de edifícios inteligentes terá um enorme crescimento nos próximos anos, atingindo 105,8 mil milhões de dólares em 2024.
Um aumento considerável se levarmos em conta que em 2019 esse mesmo mercado teve um volume de negócios de 60,7 mil milhões de dólares. Estes dados evidenciam uma tendência crescente para a construção de edifícios inteligentes.
Os edifícios inteligentes possuem uma infraestrutura inteligente responsável por obter informações para automatizar diversos processos como iluminação, acesso, ar condicionado, videovigilância, estacionamento ou segurança, entre outros.
Graças aos dados obtidos por meio de dispositivos IoT e a interconexão destes, um edifício pode gerenciar automaticamente todos os recursos otimizando seu desempenho, e também fornecer informações valiosas que permitem a um indivíduo tomar decisões mais precisas para melhorar a habitabilidade e a eficiência do edifício. As funcionalidades oferecidas por edifícios inteligentes ou smart buildings vão além dos sistemas domóticos.
O edifício inteligente, um edifício conectado.
Um edifício moderno que incorpora a mais recente tecnologia é aquele que interliga todos os equipamentos e sistemas existentes num edifício. Desta forma, poderemos ser informados do que está a acontecer em tempo real e aceder aos registos históricos do que aconteceu há alguns minutos, horas ou dias atrás. Isso permiti-nos-á atuar nos sistemas do edifício remotamente em caso emergência.
A conectividade oferece uma infinidade de funcionalidades escaláveis, dependendo do número de elementos conectados. De acordo com o último relatório Berg Insight, a base instalada de sensores, atuadores, módulos, gateways e outros dispositivos conectados, implementados para automação de edifícios baseada em IoT (Edifício Inteligente), chegará a 483 milhões de unidades a nível global até 2022.
Algumas das principais funcionalidades que a conectividade oferece:
- Conectar pessoas e tecnologia. Edifícios inteligentes são aqueles que permitem que as pessoas aproveitem as últimas inovações tecnológicas de forma simples e intuitiva. Por exemplo, acessibilidade para pessoas com deficiência, abertura de porta automatizada, deteção de queda, controle de voz, etc.
- Controle de custos de construção. O uso de tecnologias para construir edifícios inteligentes permite que os seus utilizadores reduzam o orçamento para diferentes consumos, como aquecimento, eletricidade, água, etc.
- Controle centralizado do comportamento do edifício. Qualquer pessoa com acesso a uma plataforma centralizada pode visualizar o comportamento do edifício num monitor ou dispositivo para fazer os ajustes necessários. É possível controlar e automatizar sistemas como: iluminação, tomadas elétricas, aquecimento, ar condicionado, electrodomésticos, portas, janelas, persianas, irrigação, geradores AQS, etc.
- Conectar o edifício a uma rede inteligente. Uma realidade nos dias de hoje com grande crescimento nos próximos anos que permite alcançar um consumo mais sustentável e eficiente nos edifícios, será cada vez mais preciso pela capacidade de prever a temperatura ambiente e contratar a eletricidade de acordo com as suas necessidades, como por exemplo, quando o custo do kWh se encontra ao preço mais baixo.
Cinco tecnologias do binômio Energia e TI que, diante do desafio ambiental, convergem no edifício inteligente.
As TI (tecnologias de informação) na era digital, em que estamos presentes, constituem a principal alavanca de eficiência no consumo de recursos básicos num edifício como energia e água, entre outros.
- Internet das coisas (IoT). Dizem-nos a través de sensores o estado de tudo o que poderá ser medido nas instalações de um edifício.
- Big Data e algoritmos. A análise de grandes volumes de dados com sistemas de inteligência artificial permite estabelecer modelos preditivos para otimização sistemática.
- CLOUD. A nuvem reduz o uso de infraestruturas físicas em muitos casos de alto consumo de energia.
- Conectividade. Como uma base que suporta o uso atual da tecnologia. A comunicação entre elementos para distribuir inteligência através de inúmeras conexões permite distribuir inteligência entre os sistemas instalados no próprio edifício. Com isso podem-se criar comunidades e cidades inteligentes.
- Energias renováveis. A energia utilizada para dar vida às soluções tecnológicas deverá ser 100% renovável. Esse fator leva-nos a uma eletrificação progressiva dos edifícios.
Sete etapas essenciais para a criação de um edifício inteligente:
- Opte pela inteligência desde o início. Os edifícios que oferecem o melhor desempenho são aqueles que incorporam inteligência desde a sua conceção.
- Aposte na inteligência desafiando o status quo. Trabalhe com especialistas para implementar soluções inteligentes.
- Tenha sempre presente os aspetos básicos. Proporcionar eficiência de custos e contribuição de valor considerando todo o ciclo de vida do edifício.
- Coloque o foco na inteligência de que o edifício precisa. Escolha as tecnologias e os elementos instalados que oferecem benefícios tangíveis que podem integrar futuras inovações e melhorias.
- Gestão de dados. Identificar dados de gestão críticos como eficiência, melhoria da atividade desenvolvida e alinhamento com os objetivos do projeto.
- Contemple o ciclo de vida do edifício. Inclui as opções de CapEX e OpEX (gastos de investimento e operacionais respetivamente). A manutenção inteligente deve estar ao serviço da otimização dos sistemas.
- Escolha um parceiro de tecnologia especializado. Com larga experiência em soluções inteligentes e em aliança com outros líderes tecnológicos especializados em cablagem estruturada, PoE (Power over Ethernet), fibras óticas, cabos blindados para evitar perturbações e interferências e que trebalhem com a cadeia de fornecedores e instaladores credenciados nestes sistemas.
A casa conectada
A tecnologia aplicada ao lar será cada vez mais um fator de peso devido ao seu valor acrescentado.
Nenhuma nova construção, ou reabilitação, pode ser concebida sem os benefícios da casa conectada. A casa conectada contribui para o cumprimento dos novos requisitos regulamentares relativos às aplicações de gestão ativa da procura de energia de edifícios, novas construções e intervenções que requeiram licença municipal de construção. É esperado um aumento exponencial de dispositivos conectados em todo o mundo. Especificamente, em Espanha essas aplicações atingiram um mercado aproximado de 450 milhões de euros em 2019. De acordo com um relatório da consultoria Oliver Wyman, o mercado de Smart Home vai crescer 14% ao ano até 2022.
As aplicações com maior procura após o surgimento do 5G são:
- Análise do uso de energia.
- Otimização da tarifa da energia elétrica.
- Fiabilidade de energia, continuidade em aplicações críticas.
- Controle de ar condicionado, iluminação, produção de equipamentos fotovoltaicos e status de carga de baterias.
Um local de trabalho inteligente
A maior parte das atividades económicas é desenvolvida em edifícios. Agora com o surgimento do teletrabalho, compartilha-se o espaço do lar e de atividade de trabalho. Algo que deixou de ser tendência para passar a ser agora uma realidade, gerando novos fenómenos como a migração dos centros urbanos das grandes cidades para povoações menores.
Já não é suficiente projetar espaços de trabalho considerando a eficiência e a redução de custos. Vivemos um momento em que devemos também procurar criar todas as condições que aumentem o bem-estar e que também facilitem a comunicação, a colaboração e o dinamismo nas equipas de trabalho.
Em conclusão: |
Edifícios inteligentes para um futuro melhor!É preciso encontrar novas fórmulas nos edifícios para acrescentar soluções aos problemas comuns que grande parte das cidades do mundo enfrentam como a rápida urbanização, o envelhecimento da população, a alteração climática, a falta de recursos naturais e o défice de habitação digna para todos. |